Cada um seguindo sua natureza
Dona Ana era uma senhora que vivia só e tinha poucos amigos. Havia, porém, uma vizinha, Dona Flávia, com quem se dava muito bem. Certa ocasião, Ana precisou fazer uma pequena viagem e, como teria que se ausentar por cinco dias, pediu para Flávia cuidar da sua casa. Assim, deixou as chaves com ela.
Ana ficou contente, ao regressar, por encontrar a casa bem cuidada. À noite, porém, ao procurar um pano de prato que havia ganho de sua sobrinha há poucos dias e que achara muito lindo, não o encontrou. E também não encontrou o outro pano de prato que fazia par com ele, embora tivesse procurado em todos os lugares possíveis de os encontrar. Pensou, então, que a vizinha os havia roubado.
No dia seguinte, ao encontrar Flávia, teve a impressão que ela falava e olhava-a como alguém que roubara os panos de prato. Todos os seus gestos eram os de alguém que havia roubado os panos.
Naquele mesmo dia, Ana encontrou os panos caídos atrás de um armário. Mais tarde, ao rever a vizinha, percebeu que suas atitudes e gestos não eram mais os de alguém que havia roubado os panos de prato.
Autor desconhecido |